Legendary pode comprar Lionsgate: Estúdios de Duna e John Wick em negociação
Legendary negocia fusão com Lionsgate |
A Legendary Entertainment está em negociações que podem mudar radicalmente o cenário da indústria cinematográfica mundial. A produtora de Duna e Godzilla x Kong avalia a compra da Lionsgate, estúdio por trás de sucessos como John Wick e Jogos Vorazes.
O que começou como conversas sobre coproduções pode evoluir para uma das maiores aquisições do entretenimento nos últimos anos.
Vamos destrinchar os detalhes dessa possível fusão, o impacto para o mercado, os bastidores da negociação, os desafios contratuais e o futuro de ambas as empresas.
Entenda o que está em jogo: Legendary quer mais que uma parceria
Negociações com a Lionsgate aquecem após cisão com Starz
Com a recente separação da Lionsgate e da plataforma Starz, o estúdio ficou mais leve para ser adquirido. Essa movimentação estratégica serve justamente para facilitar fusões e aquisições, algo que empresas de tecnologia e grandes estúdios procuram ao expandir seus catálogos. A Legendary viu aí uma brecha interessante.
Primeiros passos: coproduções como teste de compatibilidade
Segundo fontes do Deadline, as duas empresas iniciaram conversas sobre projetos conjuntos, uma espécie de teste de compatibilidade criativa e financeira. Se der certo, o passo seguinte é a aquisição total da Lionsgate.
Isso permitiria à Legendary não só ampliar seu portfólio de franquias, mas também conquistar mercados nos quais ainda não domina completamente.
Quem é quem: Conheça os estúdios envolvidos
Legendary Entertainment: a força por trás de Duna e Godzilla
A Legendary Entertainment, atualmente sob o controle do fundo Apollo e do CEO Josh Grode, ganhou destaque nos últimos anos com grandes blockbusters.
Após a saída do grupo chinês Wanda em 2024, a empresa passou a mirar na consolidação do mercado, buscando aquisições estratégicas de estúdios e propriedades intelectuais.
Lionsgate Studios: criador de franquias icônicas
Do outro lado, temos a Lionsgate, responsável por franquias gigantes como John Wick, Jogos Vorazes, Crepúsculo e Jogos Mortais.
Seu modelo de negócios se diferencia das grandes majors por não investir em um streaming próprio. Em vez disso, prefere licenciar conteúdo para serviços como Netflix, HBO Max, Prime Video e Globoplay.
Investidores de peso disputam o controle da Lionsgate
Apollo e Liberty Strategic Capital entram no jogo
Além da Legendary, outros gigantes financeiros como o fundo Apollo (que já investiu US$ 760 milhões na Lionsgate) e a Liberty Strategic Capital, com 12,6% das ações, também demonstram interesse em assumir o controle do estúdio.
Isso mostra que a disputa está longe de ser simples, e que a Legendary terá que se mover com estratégia.
Uma biblioteca cobiçada, mas cheia de armadilhas
Catálogo impressiona com sucessos e filmes premiados
Entre os destaques da biblioteca da Lionsgate estão os sucessos La La Land, Jogos Vorazes e Crepúsculo. A empresa ainda conta com títulos premiados como A Última Ceia.
Para qualquer estúdio que queira aumentar seu catálogo e ampliar sua influência, a Lionsgate é uma mina de ouro.
Desafios contratuais atrapalham compradores globais
No entanto, há complicações. Muitos dos direitos internacionais dos filmes da Lionsgate já são vendidos com antecedência para garantir margens. Isso dificulta o modelo de negócios de grandes empresas como Disney ou Apple, que preferem ter controle total sobre distribuição.
A Legendary, com experiência em coproduções e parcerias (detendo de 20% a 50% dos projetos), se encaixa melhor nessa estrutura.
A sombra do fracasso: Bailarina preocupa o estúdio
Spin-off de John Wick teve desempenho abaixo do esperado
Apesar de seu catálogo valioso, a Lionsgate também coleciona alguns tropeços. O exemplo mais recente é Bailarina, spin-off de John Wick, que não conseguiu alcançar os números desejados nas bilheteiras.
Além disso, o estúdio está investindo pesado no polêmico filme biográfico sobre Michael Jackson, um projeto de alto risco.
O movimento defensivo da Lionsgate: poison pill
Plano antitakeover entra em ação
Para se proteger de uma possível aquisição hostil, o conselho da Lionsgate ativou um plano conhecido como poison pill.
O objetivo é evitar que qualquer empresa adquira grande parte das ações sem negociação direta, dando mais tempo ao conselho para avaliar propostas e proteger os interesses dos acionistas.
Como essa possível fusão pode afetar o mercado brasileiro?
Distribuição em plataformas locais
No Brasil, muitos títulos da Lionsgate estão disponíveis em serviços de streaming como Globoplay, Prime Video e Netflix. Uma fusão com a Legendary pode influenciar diretamente a forma como esses conteúdos são licenciados e exibidos.
É possível que novas negociações exclusivas surjam, ou até mesmo mudanças nos contratos já existentes.
Comparativo entre os estúdios: tamanho, funcionários e estratégia
Legendary
- Aproximadamente 180 funcionários - Foco em grandes blockbusters - Modelo de coprodução e cofinanciamento
Lionsgate
- Cerca de 1.400 colaboradores globais - Modelo de fornecimento de conteúdo a terceiros - Estratégia de separação entre produção e exibição
Por que essa fusão faz sentido?
Sinergia entre conteúdo e estratégia de mercado
A Legendary tem a expertise em construir grandes universos cinematográficos, enquanto a Lionsgate detém franquias estabelecidas e um modelo flexível de distribuição.
A união das duas pode criar um novo gigante capaz de competir com Disney, Warner e Universal.
O que esperar dos próximos capítulos?
Mercado em alerta e movimentações nos bastidores
O mercado está atento. Caso a Legendary avance, outras empresas podem fazer contra-ofertas ou acelerar planos semelhantes.
A consolidação de estúdios é uma tendência em alta, e esse movimento pode desencadear uma nova rodada de aquisições em Hollywood.
Conclusão: Legendary mira alto com possível compra da Lionsgate
Essa possível aquisição da Lionsgate pela Legendary Entertainment não é apenas uma transação empresarial é um sinal claro de como o mercado de cinema está se reorganizando.
A união entre os estúdios de Duna e John Wick poderia gerar uma potência criativa e comercial com presença global. É esperar os próximos capítulos dessa trama digna de um roteiro de cinema.
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Perguntas Frequentes
Quem controla atualmente a Legendary Entertainment?
Desde 2024, o controle da Legendary está nas mãos do CEO Josh Grode e do fundo Apollo, após a saída do grupo chinês Wanda.
Por que a Lionsgate se separou do canal Starz?
Essa separação visava facilitar negociações de fusão e aquisição, separando conteúdo criativo da plataforma de exibição.
O que é um poison pill adotado pela Lionsgate?
É um plano antitakeover usado para impedir que uma empresa adquira ações suficientes para o controle sem autorização do conselho.
Como a possível fusão pode afetar os serviços de streaming no Brasil?
A mudança pode impactar contratos de distribuição e a presença de títulos da Lionsgate em plataformas como Globoplay e Netflix.
A Legendary já declarou interesse em adquirir outros estúdios?
Sim, a empresa afirmou que aquisições fazem parte de sua estratégia de expansão no mercado de entretenimento global.
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