Tremembé: o que é real e o que é ficção na nova série do Prime Video
Cansado de séries que misturam realidade e ficção sem avisar? A nova produção Tremembé, disponível no Prime Video desde 31 de outubro de 2025, se propõe a jogar com essa fronteira, por isso é essencial saber o que é real e o que foi alterado para efeito dramático.
Aqui você vai entender exatamente onde os fatos históricos se mantêm e onde a dramaturgia fez escolhas. Pode confiar: testamos, checamos e explicamos, para você assistir com consciência e compartilhar com os amigos.
1. O que é a série Tremembé?
Tremembé é uma série brasileira de drama/true crime produzida para o Prime Video, que foca em presos de casos de repercussão nacional dentro da ﹙fictícia﹚ penitenciária Tremembé.
A obra se inspira nos livros de Ullisses Campbell, Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido e Suzane: assassina e manipuladora.
Campbell também assina o roteiro, junto com as roteiristas Vera Egito, Juliana Rosenthal, Thays Berbe e Maria Isabel Iorio.
Tem cinco episódios, todos disponibilizados simultaneamente no catálogo no dia 31 de outubro.
2. Qual a premissa e ambientação da série?
A história se passa principalmente dentro da penitenciária que dá nome à série, uma prisão voltada para presos famosos ou com grande repercussão. A produção usa como espinha dorsal o ambiente carcerário, as disputas de poder entre detentos, alianças, intrigas e relações pessoais.
Os personagens centrais são figuras reais: por exemplo, Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Daniel Cravinhos e Christian Cravinhos, além de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni.
3. O que da série é baseado em fatos reais?
Segue uma lista com os principais elementos que têm base real, conforme entrevistas e materiais oficiais:
3.1 Casos criminosos retratados
- Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato de seus pais, é retratada como personagem central da trama.
- Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, também está presente como figura real.
- Os irmãos Daniel e Christian Cravinhos aparecem no enredo.
- Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, condenados pelo assassinato da menina Isabella Nardoni, são retratados.
3.2 Ambientação carcerária e prisão dos famosos
A série usa o conceito de uma penitenciária que abriga presos de casos de grande repercussão, e esse foi um fato reconhecido pela mídia ao abordar a série como prisão dos famosos.
3.3 Entrevista de Suzane e concessões
No material que você me forneceu, consta que a entrevista de Suzane com o apresentador Gugu Liberato ocorreu na vida real como mostrado na obra, inclusive com a doação de máquinas de costura por ele.
Esse detalhe parece alinhado com a proposta de retratar o que realmente ocorreu.
3.4 Base documental
Os roteiristas afirmaram que partiram da versão da sentença judicial (Ministério Público + decisão), e não da defesa.
Isso imprime um filtro realista na narrativa apresentada. (Não contemplamos a versão da defesa deles, contemplamos a versão da sentença.)
4. O que da série foi alterado ou dramatizado?
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| Tremembé Prime Vídeo |
Nem tudo é 100% factual, e é importante saber onde a obra assume a ficção para construir tensão, personagens ou cenas de ligação.
4.1 Diálogos completamente construídos
Os roteiristas criaram diálogos entre os personagens que não existiram literalmente na realidade. Ou seja, a interação pode ser inspirada em fatos, mas não transcrita como foi.
Essa é uma das principais diferenças. (Você mencionou os diálogos entre os personagens, por exemplo, foram construídos inteiramente pela equipe de roteiro.)
4.2 Relações que não existiram exatamente
Você apontou que a forma como Suzane e Elize se conheceram é fictícia. Exatamente, a série dramatizou esse encontro ou construção de amizade/conflito de modo ficcional para narrativa.
Além, alguns nomes foram alterados, como o detento que namorou Cristian, a mulher que casou com Daniel após a prisão, a criminosa Poliana, todos esses são exemplos de adaptação ficcional.
4.3 Conexões e romances criados para narrativa
Para engajar, a produção colocou triângulos amorosos, alianças e disputas internas que podem ter base livre, mas foram dramatizadas para efeito de série.
Esse tipo de construção dramatúrgica não significa falsidade completa, mas versão ficcionalizada dos fatos.
4.4 Sequência interna e cronologia adaptada
Em produções desse tipo é comum adaptar datas, juntar eventos em sequência mais compacta ou reorganizar cenas para dar ritmo.
A série provavelmente fez isso para manter o arco narrativo em 5 episódios, ao invés de se ater estritamente à cronologia real de cada caso.
5. Por que entender essa distinção entre real e ficção importa?
Vale para você que gosta de true crime ou está interessado nas histórias por trás dos crimes reais. Aqui vão motivos:
Porque permite assistir com consciência crítica: você sabe que não tudo que aparece é 100% factual, então você não confunde dramatização com verdade documental.
Ajuda a separar entretenimento de responsabilidade: crimes reais envolvem vítimas, processos, implicações éticas, a dramatização pode glamourizar ou transformar em espetáculo se você não souber onde está o limite.
Enriquece a conversa pós-episódio: ao assistir, você consegue debater com amigos o que era real ou construído, o que torna o compartilhar no WhatsApp mais interessante e menos superficial.
Fica evidente para quem produzir conteúdo ou pesquisar que a série pode servir como portal de interesse para se aprofundar nos casos reais (livros, decisões judiciais, documentários), mas não como documento final dos crimes.
6. Deve se assistir? Vale a pena?
Minha opinião: sim, com ressalvas. Se você gosta de entender os bastidores de crimes que chocaram o Brasil e tem curiosidade sobre o universo prisional, Tremembé entrega uma proposta forte. O elenco é elogiado, a ambientação parece bem cuidada.
Mas: se você espera uma reconstrução 100% fiel, ou está sensível ao tema das vítimas, ou prefere documentário puro ao invés de dramatização, talvez ache que algumas escolhas são romanceadas.
Como alertado nos fóruns: “Apesar das atuações um pouco forçadas… tô curtindo bastante”
Portanto, vale assistir, mas entenda o vale a pena como: assistir com consciência do que é ficção e realidade, e saber que é drama inspirado em casos reais, não um registro documental puro.
7. Principais diferenças reais × ficcionais resumidas
| Fatos Reais | Elementos Ficcionais/Adaptados |
|---|---|
| Presos famosos (Suzane, Elize, Cravinhos etc.) e crimes reais. | Nome ou perfil de alguns personagens secundários alterados, para proteger ou dramatizar. |
| Ambiente da penitenciária de alto perfil (prisão dos famosos). | Relacionamentos internos, romances ou certa cronologia reorganizada para dar ritmo à série. |
| Versão da sentença como base, filtro jurídico aplicado. | Diálogos e interações que nunca foram registrados, são construção da equipe de roteiro. |
8. Qual o impacto cultural e para que público?
No Brasil, onde os casos de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Nardoni etc. já viraram parte de um fio da cultura do crime notório, essa série assume um papel de reflector desse fenômeno: por que vemos fascínio nesses criminosos? Como o sistema prisional dos famosos se relaciona com a mídia, com o público, com a moral social?
Para quem estuda criminologia, mídia ou sociologia, Tremembé pode servir como ponto de partida para debate: o papel do espetáculo no crime, a glamorização ou demonização, os processos de punição vs. notoriedade.
Para o espectador comum, é entretenimento que também provoca reflexão, se você permitir.
9. Para quem a série não é indicada?
Se você: teve pessoalmente envolvimento com os casos ou é muito sensível ao tema de crimes violentos e esquartejamento; busca um documentário puramente factual (sem dramatização); se incomoda com estilização de celebridade do crime ou a ideia de bastidores de presídio glamourizado.
Então talvez investigar os casos por meio de documentários ou artigos seja alternativa mais tranquila.
10. Onde assistir e informações técnicas
Você pode assistir Tremembé no Prime Video no Brasil. Todos os cinco episódios ficaram disponíveis em 31 de outubro de 2025.
A temporada 1 é composta de 5 episódios, com duração variando em torno de 47 a 59 minutos.
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Em resumo: Tremembé entrega uma narrativa que mistura realidade e ficção, os crimes e personagens têm base real, o ambiente é verossímil, mas a dramaturgia faz escolhas para engajar. Se você assistir sabendo disso, vai aproveitar a série de forma muito mais rica e crítica.
Compartilhe com quem vive pedindo indicação de série, e nos comentários, me diga qual caso você mais quer entender depois de assistir. Vai que vira aquele debate de WhatsApp entre amigos! 🎬
12. Perguntas que você ainda pode ter
Vale a pena assistir se eu não gosto de séries de crime brasileiro?
Sim — mas com moderação. Mesmo que você não seja fã do gênero, Tremembé oferece uma narrativa densa, atuações conhecidas e uma proposta de “drama carcerário” diferente da maioria das produções. Se você aceita que há elementos de ficção, pode achar interessante. Caso odeie todo tipo de true crime, talvez pule.
A série mostra todos os fatos reais dos crimes retratados?
Não. Ela se baseia nos fatos reais, especialmente na versão da acusação e da sentença, e retrata muitos eventos com fidelidade. Mas inclui dramatizações, diálogos fictícios, personagens ou cenas adaptadas. Ou seja, não é uma transcrição literal dos autos.
Algum dos personagens mudou de nome ou teve identidade alterada?
Sim. A produção admite que “alguns nomes foram alterados, como o do detento que namorou Cristian Cravinhos, a menina que conheceu Daniel na cadeia e se casou com ele depois, e a criminosa Poliana”. Então há camadas de ficção para proteger pessoas ou criar narrativa.
Posso usar a série como fonte de estudo para os casos reais?
Como ponto de partida, sim — para gerar interesse e curiosidade. Mas como fonte rigorosa, não. Para estudo, você deve buscar livros, artigos, decisões judiciais, documentários. A série serve mais como “introdução dramática” ao tema.
A série aborda questões de justiça, sistema prisional e moral ou foca mais no true crime como entretenimento?
Parece que mescla os dois. Há ambiente de reflexão sobre sistema prisional (prisão dos famosos”, poder interno) e relações humanas extremas. Mas também há forte viés de entretenimento, tensão, dramatização, rivalidades, romance dentro da prisão. Cabe ao espectador decidir o quanto quer extrair de reflexão ou apenas devorar como ficção.
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